29 de abril de 2010

COMISSÃO DE NEGOCIAÇÃO DO SIPROVEL


Colegas professores:

Os fatos acontecidos recentemente, trazem- nos preocupações e principalmente quanto a postura da Administração pública de Cascavel diante da intenção de realizar mudanças no PCCS do professores.
Tal fato veio confirmar-se através das palestras acontecidas nessa última semana, onde tiveram a participação de todos os professores, apenas enquanto ouvintes sem poder questionar ou expressar suas opiniões. Isso só veio confirmar o que está disposto no art. 3º da Portaria 390/2010, onde limita os poderes da Comissão de Negociação somente para acompanhar, sugerir e discutir.
Preocupados com os encaminhamentos dados que poderão levar às discussões da nova proposta de Plano de Cargos Carreira e Vencimentos, apresentamos alguns pontos de relevância que devem ser alisados pela categoria:
1. As palestras que assistimos no Centro de Eventos e na Fag, foram encomendas com objetivo principal de convencer os professores que o nosso plano está errado e com isso acabar com as vantagens que temos no atual plano de cargos dos professores;
2. As divulgações até a presente data não condiz com a verdade dos fatos, sabendo-se que o nosso Plano de Cargos não tem nenhum item inconstitucional, portanto foi constituído dentro dos tramites legais;
3. Fatos estes, sendo verdadeiro que desde 1.998 até a presente data, nenhum dos prefeitos que passaram pela Administração de Cascavel, responderam ou estão respondendo por irregularidades por ter efetuados os pagamentos das vantagens previstas em nosso atual Plano de Cargos;
4. Nesse momento precisamos enxergar e diferenciar quem é Lobo e quem é Cordeiro, para não sermos enganados, pois é possível eles estarem revestidos com a mesma pele, com discursos bonitos e conversa mole para poder convencer alguns membros da categoria com essa nova proposta que é a melhor para nós. “Portanto OLHO ABERTO PROFESSORES!
5. Uma reformulação ou melhoramento do plano de cargos do magistério é viável, desde que tal proposta não retire conquista e direitos que temos atualmente. Preocupou-nos muito a fala do Dr. Perez, dizendo que o nosso plano está cheio de “penduricalhos”, que para nós são vantagens e não podemos deixar que os interesses da administração se sobreponha aos interesses da categoria.
6. O aumento de salário e a valorização dos profissionais da educação, não depende exclusivamente das verbas do FUNDEB, mais sim de todos os recursos da educação. O FUNDEB é apenas uma forma contábil dos recursos da Educação.
7. Não é possível, que o Município de Cascavel pague aos seus professores um piso salarial pouco mais do que o salário mínimo nacional e menor que o salário mínimo regional. Isso é valorização do magistério?
8. Dentre as alternativas que a Empresa GAE está trazendo como sugestão, uma delas não vem ao encontro com os anseios dos professores, uma vez que quer mudar toda a estrutura de avanços horizontais que temos atualmente, mudando a carreira das atuais 26 referências para 30, ou seja, atualmente com aproximadamente 15 anos de trabalho, se o professor não tiver desvio de funções ele poderá chegar à referência final da tabela e na nova proposta o professor terá que trabalhar 30 anos para chegar ao final da tabela se ele conseguir todos os pontos nas avaliações de desempenho;
9. E mais, outra sugestão de proposta de avaliação de desempenho, altera radicalmente a forma de avanço, sendo um avanço por ano, avaliando o professor em três quesitos: participação em cursos, avaliação escrita (provas) e avaliação de mérito, somando os três quesitos para conseguir a média final, não sendo alcançado em um desses quesitos, você não avançará na tabela salarial, isso é um retrocesso para nós, portando você poderá ao final de 30 anos de trabalho não chegar ao final da tabela proposta.
10. Diante de alguns fatos aqui expostos, queremos e devemos esclarecer que não somos contra as alterações necessárias que devem ser realizadas em nosso Plano atual, mais jamais poderemos permitir perdas do que conseguimos até agora. Para que isso não aconteça, é importantíssimo, que a exemplo de outros momentos históricos onde o ponto fundamental foi a participação de todos.

11. Daqui para frente companheiros e companheiras, precisamos nos dedicar um pouco mais na luta em prol da nossa valorização profissional e do nosso salário. Se preciso for, deixaremos a sala de aula para ir à luta e alcançarmos os nossos objetivos.

Somos mais de 1330 professores na rede municipal, é hora de mostrar nossa força nesse momento, para não ficarmos chorando ou lamentado depois. Só com a união e luta conseguiremos.

“UM SONHO QUE SE SONHA SOZINHO É APENAS UM SONHO”
“NO ENTANDO, UM SONHO QUE SONHARMOS JUNTOS, TORNA-SE REALIDADE.”
(Adaptado)
“VAMOS A LUTA COMPANHEIROS”
COMISSÃO DE NEGOCIAÇÃO DO SIPROVEL

28 de abril de 2010

AO REI TUDO, MENOS A HONRA


A cúpula de meu partido, o PSB, decidiu-se por não me dar a oportunidade de concorrer à Presidência da República. Esta sempre foi uma das possibilidades de desdobramento da minha luta. Aliás, esta sempre foi a maior das possibilidades. Acho um erro tático em relação ao melhor interesse do partido e uma deserção de nossos deveres para com o País.Não é hora mais, entretanto, de repetir os argumentos claros e já tão repetidos e até óbvios. É hora de aceitar a decisão da direção partidária. É hora de controlar a tristeza de ver assim interrompida uma vida pública de mais de 30 anos dedicada ao Brasil e aos brasileiros e concentrar-me no que importa: o futuro de nosso País!Quero agradecer, muito comovido, a todos os que me estimularam, me apoiaram, me ajudaram, nesta caminhada da qual muito me orgulho.Quero afirmar que uma democracia não se faz com donos da verdade e que, se minhas verdades não encontram eco na maioria da direção partidária, é preciso respeitar e submeter-se à decisão. É assim que se deve proceder mesmo que os processos sejam meio tortuosos, às vezes.É o que farei.Deixo claro: acato a decisão da direção do partido. Respeitarei as diretrizes que, desta decisão em diante, devem ser tomadas em relação ao nosso posicionamento na conjuntura política brasileira .Meu entusiasmo, e o nível de meu modesto engajamento, entretanto, compreendam-me, por favor, meus companheiros, irão depender do encaminhamento, pelo partido, de minhas preocupações com o Brasil, com nossa falta de um projeto estratégico de futuro, com a deterioração ética generalizada de nossa prática política, com a potencial e precoce esclerose de nossa democracia.Agradeço novamente aos companheiros de partido pelo apoio que sempre me deram. Faço também um agradecimento especial ao povo cearense pelo apoio de todas as horas; mas minha lembrança mais grata vai para o simpatizante anônimo, para o brasileiro humilde, para a mulher trabalhadora, para os jovens, em nome de quem renovo meu compromisso de seguir lutando!

15 de abril de 2010

JUSTIÇA


O PR encaminhou ontem nota informando que o deputado federal Giacobo (PR-PR) obteve uma ordem liminar contra o Jornal Hoje de Cascavel devido à distorção e indução de fatos em uma matéria publicada no dia 05 de Março deste ano, sobre a absolvição de Giacobo perante o Supremo Tribunal Federal (STF).
O jornal usou linguagem parcial, tanto na chamada de capa quanto na matéria interna, induzindo o leitor à desinformação.
A partir de agora o Jornal Hoje está proibido de publicar qualquer material referente ao Deputado Giacobo, que não seja de caráter imparcial e informativo somente, sob pena de multa de R$ 8 mil.
O jornal deverá ainda publicar nova matéria informativa sobre o mesmo assunto, esclarecendo a realidade dos fatos aos leitores. Isto deverá acontecer no prazo de 48 horas a partir da intimação do jornal (14/04), sob pena de multa diária de R$ 2 mil.

14 de abril de 2010

OPINIÃO


Cooperativismo: a ponte entre

a pobreza e a prosperidade

Gestado em um contexto de carência extrema, no qual a transformação econômico-social em andamento gerou milhões de trabalhadores pobres e explorados, colocando em evidência a brutal desigualdade entre classes – burgueses e proletários, o cooperativismo se transformou em um caminho alternativo à conjuntura desoladora das insalubres fábricas, berço da Revolução Industrial.
A riqueza que levou a Inglaterra a prosperar foi gerada pelas mãos de milhares de camponeses que migravam para as cidades em busca de trabalho. Se de um lado, proporcionava o acúmulo de capital nas mãos dos detentores dos bens de produção, por outro, a Revolução Industrial gerava o crescimento desordenado de uma camada social mal remunerada e indigente.
O ideário da doutrina cooperativista, que nascia em 1844, no período de franca expansão da industrialização na Europa, era a união de pessoas voltadas para um objetivo comum – o bem que as levasse a uma melhor qualidade de vida, abastecesse suas casas de alimentos, promovesse a todos em iguais condições a saúde, a moradia e a educação. Necessidades básicas que o modelo de desenvolvimento da época não lhes dava oportunidade de alcançar.
Um ideal inusitado e utópico, na visão de muitos. Porém, 166 anos após a criação da primeira sociedade cooperativa (Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale) na minúscula cidade inglesa de Rochdale, berço da Revolução Industrial, a doutrina cooperativista tem sido capaz de construir novas relações sociais com base na união e no objetivo comum. Em pleno Século XXI, 800 milhões de pessoas participam de alguma organização cooperativa e outras três bilhões estão ligadas ao sistema por meio de suas famílias ou de seus trabalhos em dezenas de países.
Embora as cooperativas modernas sejam muito mais complexas que a sociedade dos Pioneiros de Rochdale, os princípios cooperativistas escritos em 1844 ainda vigoram e são as bases do cooperativismo contemporâneo. Entre eles, encontram-se a ajuda mútua, igualdade, equidade, solidariedade. Princípios que norteiam ações com vistas a reduzir os crônicos problemas sociais. Naqueles estados brasileiros onde a doutrina foi introduzida pelos imigrantes europeus e encontrou ambiente fértil para prosperar, é possível perceber avanços significativos na qualidade de vida da população.
O setor agropecuário, por exemplo, responsável por 80% do valor gerado em todos os 13 ramos do cooperativismo, tem sabido aproveitar o melhor desse modelo econômico-social e os resultados evidenciam o sucesso dessa parceria. Existem hoje no Brasil 1.615 cooperativas agropecuárias que congregam cerca de um milhão de produtores rurais e empregam aproximadamente 140 mil pessoas.
No meu estado, o Paraná, em dez anos, o setor cooperativista saltou de um faturamento anual de R$ 6 bilhões para R$ 25 bilhões – um crescimento expressivo de 416%. Considerando o número de associados, as 238 cooperativas do Estado saíram de 191 mil para 535 mil cooperados e empregam hoje cerca de 1,25 milhão de pessoas. Em 2009, o setor realizou mais de 3,3 mil eventos voltados para os cooperados.
As Cooperativas são, portanto, organizações capazes de enfrentar as adversidades. Progredindo o lado econômico, o desenvolvimento social prosperará. É um modelo de desenvolvimento de geração de emprego e renda que põe em prática um importante princípio: a união de pessoas voltadas para um objetivo comum.

Eduardo Sciarra
Deputado Federal

10 de abril de 2010

NÃO SE ESCRAVIZE AO DINHEIRO – FAÇA-O GIRAR


Fazer bom uso do dinheiro

Walmor Macarini

É sempre oportuno dizer que o dinheiro tem de ser nosso escravo e obedecer aos nossos comandos, e não sermos escravos dele. Dinheiro é cigano e por isso não pode ficar muito tempo no mesmo lugar. Ele tem de girar. E temos de ter consciência de que em tudo que fazemos está implícito um movimento de intenção e de força criadora.

Se pagamos uma conta sem pesar por esse dispêndio, a vibração que preside esse sentimento gera uma corrente positiva que atrai mais riqueza. Dinheiro que sai do nosso bolso em clima de contentamento retorna com o mesmo ânimo. Mas se pagamos contrariados, emitimos ondas negativas, e isto volta-se contra nós com idêntica intensidade.

Se contraímos uma dívida, temos de honrá-la, mas que isso seja prazeroso. Mesmo aquela que consideramos indevida tem uma razão de ser. Porque não sabemos quantos débitos trazemos em nossa bagagem ao aportamos neste ciclo de vida. Se abominamos o juro extorsivo, devemos reagir contra isso, mas uma boa atitude é não ter conta em banco e evitar o mais possível empréstimos com financeiras, agiotas ou quem quer que seja. Se temos de pagar um aval é porque confiamos demais, sem nos munirmos de sólidas garantias. Dirão que isto é falta de solidariedade, mas a excessiva mão aberta é irresponsabilidade, e se levamos alguém a ser desonesto conosco também levamos culpa por isso.
Passamos a não respeitar o dinheiro ao jogá-lo fora pela facilitação. Ademais, induzimos o devedor a achar que foi fácil e isso tende a relaxá-lo e levá-lo a não se preocupar muito com a devolução. Isto não é uma regra mas acontece com frequência. Dizem os filósofos populares que ''dinheiro não aguenta desaforo''.
Se o dinheiro fica nas mãos de poucos, não exerce sua função social. Dinheiro é criação de Deus para ser instrumento de troca e não um fim em si mesmo. Ele só passa a ser ''coisa demoníaca'' quando dele se faz mau uso ou só se pensa em acumulá-lo, impedindo que faça seu giro, promova o desenvolvimento e semeie riqueza para o maior número possível de pessoas.

WALMOR MACARINI é jornalista em Londrina
(Publicado na Folha de Londrina - 18-02-2010)